Formatação de dispositivos removíveis

por: Luciano de Souza

Os pendrives são mesmo magníficos. Sucessores dos disquetes, armazenam quantidades de conteúdo inacreditáveis para o seu tamanho. Mas por vezes, apresentam defeito e necessitam ser formatados.

Antes de prosseguir, é necessário instalar o pacote gnome-disk-utility. Para isto, em um terminal (CTRL+ALT+T):

sudo aptitude install -y gnome-disk-utility

Com o pacote instalado, a coisa é desconcertantemente simples. Insira a pendrive. Pressione ctrl+alt+d para ter em foco a Área de Trabalho. Selecione o ícone correspondente ao nome de seu pendrive. Pressione a tecla do sistema, ao lado do control da direita, com o intuito de abrir o menu de contexto (botão direito do mouse). Com as setas, alcance a opção “formatar” e pressione “enter”.

Ao fazê-lo, ouvi: “Formatar volume de 4,0 GB”. Sim, o meu pendrive é bastante acanhado. Você agora se encontra no campo “nome”. Dê-lhe um nome. Outrora, chamou-se Kingston. Achei por bem manter o nome de meu pendrive. então, digitei: Kingston.

Com um tab, alcançamos o botão “Utilitário de unidades”. Se você deseja formatar seu pendrive com as configurações que aparecem na janela, então, pode ignorar esta opção sem problemas. Se, por algum motivo, você deseja criar um pendrive com mais de uma partição ou outra especificação diferente do padrão, então, ative o Utilitário de Unidades e lá encontrará várias opções.

Mas não o ativaremos em nosso exemplo. Por isso, na janela em que estamos, com mais alguns tabs, encontraremos a opção “compatível com todos os sistemas: FAT”. Trouxe-o até aqui apenas para reforçar que o sistema de arquivos lido tanto por Windows quanto por Linux é o FAT32. Então, não deve alterar esta opção a menos que tenha algum bom motivo para fazê-lo.

Feito isso, basta ir até o botão “formatar” e ativá-lo. Talvez o Orca fique sem responder enquanto a unidade é formatada, mas ele se recupera depois que a operação for concluída.

Bem, então, a coisa é realmente simples e pode ser resumida assim:

  1. Acionar o menu de contexto (botão direito do mouse) sobre o ícone de seu pendrive na Área de Trabalho;
  2. Especificar o nome do pendrive no campo “nome”;
  3. Pressionar o botão “formatar”.

Por vezes, achamos que dada tarefa é complicada apenas porque esperamos que o Linux se comporte do mesmo modo que o Windows. No Windows, quando inserimos um pendrive, surge um ícone na área de notificação e uma pasta dentro de Meu computador. No Linux, o ícone surge na própria Área de Trabalho, ao passo que sua respectiva pasta surge dentro de /media. Outra diferença é que, para o Linux, a pasta criada em /media, é como qualquer outra e, por isso, ao acionar o seu menu de contexto, encontramos apenas as opções disponíveis para uma pasta comum e, portanto, aí não encontramos a opção “formatar”. No windows, a pasta criada em Meu Computador, é especial e por isso você encontrará as opções pertinentes ao dispositivo removível e não aquelas peculiares a uma pasta comum. Esta dica é importante porque muitos cegos gostam de deslocar-se por meio das pastas do sistema, ignorando os atalhos disponíveis na Área de Trabalho.

São diferenças de comportamento que não tornam o Linux mais difícil. Apenas assinala que os sistemas são diferentes e que não se pode exigir do Linux que sempre se comporte de modo semelhante, ainda quando seja mais lógico não o fazer.